Pesquisar neste blog

21 de janeiro de 2011

A SEMENTE ENTRE Á BEIRA DO CAMINHO,NA ROCHA, ESPINHOS,NA TERRA BOA


Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram
(Lucas 8:5).

A SEMENTE À BEIRA DO CAMINHO

O semeador semeou a Palavra de Deus para os filhos de Deus, possivelmente várias vezes ao dia. Sempre que lemos ou ouvimos algo da Bíblia, essa semente está destinada a dar fruto. No entanto, ela tem de penetrar em nosso coração, “porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23). É no coração que tomamos decisões, e é onde a vontade é formada. De fato, é no coração onde determinamos se daremos fruto ou não.
A semente em si mesma é boa, pois “a palavra de Deus é viva e eficaz” (Hebreus 4:12). Portanto, se não produzimos frutos, a causa está no estado do solo de nosso coração. Será que ele está tão endurecido que se tornou impermeável à Palavra de Deus?
O que pode torná-lo duro? São as coisas más que nos cercam e nos contaminam diariamente? É a rotina cotidiana? Ou ficamos endurecidos exatamente por ouvir tanto a Palavra que acabamos como os israelitas no deserto, enojados do maná (Números 11:6; 21:5)? Será que a leitura da Bíblia se transformou em uma tarefa tediosa que fazemos somente para acalmar a consciência? Quantas vezes temos sido admoestados pela Palavra, e simplesmente a ignoramos! Ou talvez a aceitemos apenas por um momento, mas depois permitimos que o diabo venha e arrebate a mensagem.
Muitos não desejam ouvir. Como isso deve entristecer o Semeador, o Senhor Jesus, que age por meio de Seu Espírito!




E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade
(Lucas 8:6).

A SEMENTE NA ROCHA

Já lemos que algumas sementes caíram à beira do caminho e foram imediatamente devoradas pelos pássaros. Isso significa que, se não estivermos preparados e dispostos a obedecer a Palavra de Deus quando a ouvimos, logo iremos nos esquecer dela.
Hoje um outro perigo nos confronta. Agora recebemos a Palavra, às vezes até com alegria. No entanto, ela não penetra fundo em nosso coração e consciência. Uma rocha é bem mais dura que um caminho batido, mas isso não é tão fácil de reconhecer, pois existe uma fina cobertura de terra sobre a rocha. Nesse solo falta profundidade.
Um indivíduo pode ser superficial, enquanto outro pode ser hipócrita. Isso acontece inclusive com os crentes. Podemos ser afetados emocional ou intelectualmente por certas passagens da Bíblia. Algumas pessoas se interessam verdadeiramente pela harmonia do cânon sagrado ou pela profecia. Outros gostam de ler as experiências dos personagens da Bíblia.
Não importa quão boas tais coisas sejam, se não aplicarmos a Palavra de Deus à nossa vida pessoal, não iremos nos beneficiar delas nem daremos frutos para Deus. Além disso, temos de permitir que toda a Palavra toque nossa consciência. Não podemos escolher o que mais nos agrada como fazemos em uma feira. Assim Deus estará de fato conosco, e os efeitos de Sua Palavra não desaparecerão quando formos submetidos às provas. “Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito (Isaías 57:15). “Mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra” (Isaías 66:2).




E outra caiu entre espinhos e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram
(Lucas 8:7).
A SEMENTE ENTRE ESPINHOS
Após nos advertir sobre não endurecermos o coração para a Palavra de Deus e nem recebê-la superficialmente, o Senhor nos mostra hoje como as influências mundanas e materiais podem abafar a mensagem divina. A boa semente e a semente dos espinhos crescem bem próximas uma da outra. Mas quem cresce mais rápido: as plantas úteis ou as ervas daninhas? Infelizmente, as daninhas.
Essa situação é reproduzida em nosso coração. Estamos ocupados com tantas coisas aparentemente importantes e benéficas que não há lugar para o mais essencial: a Palavra de Deus. O Senhor Jesus nos deu vários exemplos disso: cuidados desta vida, riquezas e prazeres.
Cuidados. Como Marta, estamos ansiosos e afadigados com muitas coisas (Lucas 10:41). Nossos pensamentos estão constantemente direcionados ao trabalho e a tudo o que nos interessa. Precisamos distinguir entre estarmos ocupados com nossas tarefas e estarmos ocupados de nossas tarefas!
Riquezas. Aqui também precisamos distinguir entre fazer provisões sábias e lutar por grandes coisas. Uma vez que sejamos subjugados pelo desejo de ajuntar riquezas, jamais ficaremos satisfeitos. Iremos querer cada vez mais e mais.
Prazeres. Nossa necessidade natural de relaxamento pode descambar para a busca desmesurada de prazer. Com o que temos nos ocupado durante nosso tempo livre?
Em cada caso acima não há lugar para a Palavra de Deus em nosso coração. Podemos até ouvi-la e meditar nela por um instante, porém nunca teremos a energia nem o desejo sincero de praticá-la!



E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, a cento por um… E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança
(Lucas 8:8,15).

A SEMENTE NA TERRA BOA

O bom solo não foi pisoteado; não há camada rochosa embaixo da terra, nem proliferam as ervas daninhas. Qual é a explicação para tal fenômeno? Não há um bom solo sem uma preparação adequada. Foi necessário aragem!
Quem fez o tratamento espiritual necessário antes que Palavra pudesse ser recebida? Em primeiro lugar, o Espírito Santo. Assim como Ele prepara a alma de uma pessoa não convertida, Ele também produz nos crentes a energia para que recebam a Palavra de Deus em seu coração.
Porém, nós também somos responsáveis pelo adequado preparo de nosso próprio coração. Temos de ser genuinamente sinceros em primeiro lugar. Temos de remover todas as formas de injustiça de nosso proceder, em especial a hipocrisia e o auto-engano. Esses são tremendos obstáculos para que a Palavra penetre em nós.
Além disso, nosso coração tem de ser “bom”. Se estivermos envolvidos com atividades inúteis, desnecessárias ou más, ficaremos surdos à Palavra de Deus.
Por fim, temos de “guardar” a Palavra e não permitir que os pássaros (os demônios) a impeça de fincar raízes. Mesmo quando não entendermos algo, podemos seguir o exemplo de Maria, a qual “guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração” (Lucas 2:19). É nesse solo que os frutos vicejam – frutos permanentes por toda a eternidade!